domingo, 29 de junho de 2014

Na beira do Lago Sul

Brasília é uma cidade encantadora: no meio de um plano, no cerrado e ar seco, brilha um lago azul. Minha paixão pela capital é recente e forte. De tal intensidade que me dá impulsos de voltar de tempos em tempos. Nos finais de semana, nos feriados. Viver em Brasília é possível.



Tá, mas o que quero dizer é o seguinte: os encantos da capital devem muito a este gênio brasileiro chamado Niemeyer. O que seria do planalto sem as obras de arte do arquiteto? E o que seria da genialidade do grande sem um eixo monumental? Neste espírito de deslumbramento, que me baixa toda vez que passo pela catedral, vou construindo em mim a Brasília que desejo conviver.



E por falar em obras de artes, desta vez, não encontrei nenhuma exposição, nenhum espetáculo musical, nada que pudesse me ensinar à noite. Tudo bem: nem tudo pode ser perfeito. Se faltam eventos culturais, sobram belezas gratuitas. Por exemplo: quem pode se queixar de passar um final de tarde no Pontão do Lago Sul? A ponte Juscelino Kubitschek ao fundo, o sol se pondo a oeste, as pessoas compartindo a vitória do Brasil contra o Chile num jogo traumático, eu feliz pelo simples fato de estar.



Foi lá, na beira do Lago Sul, olhando a tarde caindo que pude perceber o quanto tenho de Brasília: esse azul que olha e diz "gosta de mim".